domingo, 17 de março de 2013

O amor de Deus

           
      Nada acontece sem uma razão.
Há um padrão e um plano perfeitos orientando a unidade desta vida e você, sendo parte desta unidade, é também parte do padrão e do plano perfeitos.
Quando coisas estranhas acontecem em sua vida e você se pergunta o porquê, recolha-se e medite na maneira como tudo se encaixa, e você encontrará uma razão para tudo.
As razões podem ser inesperadas, mas aceite-as mesmo assim, aprenda com elas e não lute contra elas.
A vida deve ser vivida sem esforço.
Uma flor não precisa se esforçar para desabrochar sob os raios do sol, portanto, porque você precisaria se esforçar para se abrir sob os raios do infinito Amor de Deus?
Se você se esforçar é por sua própria vontade e nada tem a ver com o padrão e o plano que Deus traçou para você.
Simplicidade é a principal característica de Deus, 
portanto faça a vida simples.
Mantenha-se em constante contato com Deus e observe-se desabrochando em Seu Amor.


sábado, 9 de março de 2013

O sacrifício escolhido na quaresma e a nossa dor

  Caminhamos dentro da quaresma e a impressão comum é que o caminho estreita-se ainda mais em cada novo domingo. Parece-me que leva algum tempo para reconhecermos o mistério que nos sonda, e em larga medida, vamos compreendendo que esse mistério se descortina, irremediavelmente, na dor, na oferta incondicional.
     



                        Lembro, que com algum tempo de caminhada, questionei de Deus qual era a diferença da dor que sentia antes de conhecer a Jesus para a profunda, intensa, constante por dias, dor que experimentei depois.
       A resposta é o selo que desejo imprimir neste artigo, amigo internauta. A resposta é uma única: O sentido que eu dou a ela (dor) e aproveitamento que dela eu tiro.
Passemos a clássica explicação!
    Por vezes, depois da beleza e da intensidade da nossa experiência com Deus chegamos a imaginar, de forma até infantil ou romântica, que os nossos problemas, que as nossas dores, morreram naquele instante. A imaturidade da nossa alma, teima desafiar inclusive os exemplos dos grandes santos da Igreja e da sagrada escritura, que atestam, indubitavelmente, a necessidade do sofrimento como caminho de maturidade e autoconhecimento.
    O passar do tempo, nos revela o inevitável. Ainda há dor em mim. Agora, esta nova dor, diferente da primeira, por muitas vezes eu até poderia remediar, sucumbindo a tentações, desprezando a vontade de Deus e tomando as atitudes que me dariam de certo, momentos de prazer e alegria. A dor agora consiste exatamente em abster-me de tudo isso, e por Amor, e só vale a pena se for por Amor mesmo, sofrer as renúncias, as demoras, os desertos e as fadigas que a dor impõe.
    Mas olhando assim, sofreríamos ainda o risco de achar que se trata de um infrutífero masoquismo. Ou pior: Pensaríamos que Deus é sádico, a nos impor uma prova que nada fará florescer.
    A dor descortina diante de nossos olhos o que há de mais verdadeiro. Atesta o que há de mais autêntico em nosso eu. Mais do que isso, estica-nos, pois de fato exige, e nos leva a alcançarmos estaturas antes nunca imagináveis.
    Com certeza assim como eu, você já deve ter sido confrontado com dores que humanamente não acreditava que iria ser capaz de resistir, e hoje ao olhar para trás, assume que não resistiu sozinho. Ao seu lado resistiu Cristo, que por essas pérolas da sua história revigora sua fé. Ao olharmos a nossa caminhada, encontramos nas dores que sentimos pedras de toque da graça de Deus e da Sua poderosa manifestação em nossas vidas.
    Se tivéssemos abortado a dor, o que nos restaria para ser tocado de expressão tão forte quanto os desafios que vencemos por Amor a Deus e com o Seu socorro?
    A dor nos confronta, sobretudo, com nós mesmo. Confronta-nos com a disposição por permanecer firme, por querer lutar, por querer enxergar as nossas reais motivações. Talvez, como eu, você também tenha conseguido enxergar sob a lente da dor, o egoísmo e orgulho que rodeavam as suas motivações. Estas fraquezas só são purificadas no cadinho da dor, onde Deus gera em nós um coração humilde, para com o próprio Deus e para com o irmão.
    O crescimento na dor nos conduz ao crescimento na Ressurreição, que nasce do coração de Cristo, cumulando-nos do Amor que o Príncipe da Paz doa a todos.


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por Marcela Mendonça, Comunidade Shalom
Comunidade Católica Shalom

Fonte: www.comshalom.org